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terça-feira, julho 25, 2006

Sonhos de Palhaço

Adormeço...cansado, exausto, fatigado. Os sonhos talvez não virão...Me iludir! Meu cognitivo ameniza os pensamentos ...os olhos escurecem...Morfeu me atazana...apenas flashes de luzes e cores me direcionam.Vejo também constelações e galáxias num espaço entre o terreno e o estratosférico... imaginários que dominam todo o meu subconsciente ... sem consciência ou noção de tempo...Tempo presente que se projeta para um futuro quase real, deveras subjetivo, objeto superficial... mais hologramas transcendentes, como matizes retorcidas, chuvisco de uma televisão fora de sintonia... Desligue-a!Um espelho surge no front ... front de batalha? O que há camarada?Não há nada só o espelho, reflete um rosto que não reconheço... pintado, sofrido pelas ilusões mas... de olhar doce e meigo...sincero, apraz. Pintado como uma máscara onde estampa um sorriso...amável.Quantos picadeiros de ilusões inflamou o mascarado...? Muitos! Obteve notoriedade, a graça... o chacotear o fez viver e sobreviver!Palhaço! Pensas que somos palhaços! Todos riem...até você! Mesmo nesta solidão aturdida...Riam ...gargalhem não me importo! Espero por aplausos, sinceros...! A tenda circense me protege. Findo os tambores ... mais aplausos... ! Acabou o espetáculo, volto ao camarim retomo o monólogo insólito... frente ao espelho um rosto... laivos de zíngaro na máscara violenta e nua...Acorda-me Morfeu!

Luiz Carlos Reis

sábado, julho 15, 2006

Sinfonia...


A sinfonia que perdeu-se com os anseios vagam por entre as vertentes da natureza humana.
Mas é na condução da música, essa opereta da vida, que os acordes se ajustam como se estivessem na pauta. Pauta de vida...sofreguidão! A sinfonia não é mais sinfonia, são duetos que já não se encontram mais...
Os arpejos melancólicos se esvaem e o maestro não conduz a peça musical como deveria com a maestria que lhe é peculiar. Mais um palco se levanta...outras paixões...
No teatro montado a platéia se dispersa...não há aplausos...não há textos...não há representação...não existem atos... nem atores... a música ao fundo é cantarolada....como um fado de letras tristonhas!
Eis que o tenor de shakeaspeare muda o tom da sinfonia...da opereta... e os poetas de outrora renascem assim como a nova sinfonia, como meninos pequenos...o desabrochar dos primeiros botões...
E, acordes perpetuados despontam incólumes, póstumos na pauta numa harmonia perfeita com os versos cantados...
Ê vida...! Que retoma os anseios divagando no vento e renasce na esperança... as musas sempre únicas...tudo inspira nessa sinfonia de meninos...mais devaneios...na imensidão do mar. Soltemos as amarras...somos expectadores e coadjuvantes dessa sinfonia pulsante...vida!

Luiz Carlos Reis

segunda-feira, julho 03, 2006

Devaneios


Sentimentos de felicidades que regozijam nosso interior numa linguagem semântica... inanimada. Fomos apáticos um dia, talvez não o sejamos mais. As virtudes de outrora afloram como nunca o fizeram... doces devaneios suponho.
Na selva de ilusões, o que é isso? O pragmatismo cedeu espaço à hipocrisia bastarda, nova visões de mundo apontam para outros resultados. Céticos ? Talvez! Epítome do devaneio.
Imaculada... assim ficou a imagem da face rude e austera ao curvar-se para um singelo sorriso de um pequeno menino... mil facetas se fizeram, sustentaram-se aos devaneios renovados...
A plenitude e a imensidão do mar, este que reina supremo...é a natureza Divina! A mente renovada faz bem, traz serenidade, calma aos ânimos... como um devaneio.
No desabrochar de um botão, faz-se à formosura da rosa as gotículas pinceladas pela brisa úmida do amanhecer ... mais devaneios...
Estamos alheios a tudo ? Quão doces devaneios imperam nosso viver? Sim...tal qual a prosa , uma sinfonia única, pautada num conjunto harmonioso de notas e acordes... sons em devaneios que tanto inspiram. Reflitamos criatura!
Devoluto está nosso interior e, naturalmente, essa áurea clama por amor, compreensão, atitude, humanidade, compaixão... por um Dó de ternura fraterna...doce epopéia de vida, mais devaneios...recônditos do ser.

Luiz Carlos Reis

Inspirado em http://soletrando2.blogspot.com/