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quinta-feira, outubro 08, 2009

Sinfonia

A sinfonia que perdeu-se com os anseios vagam por entre as vertentes da natureza humana. Mas é na condução da música, essa opereta da vida, que os acordes se ajustam como se estivessem na pauta. Pauta de vida...sofreguidão! A sinfonia não é mais sinfonia, são duetos que já não se encontram mais... Os arpejos melancólicos se esvaem e o maestro não conduz a peça musical como deveria com a maestria que lhe é peculiar. Mais um palco se levanta...outras paixões... No teatro montado a platéia se dispersa...não há aplausos...não há textos...não há representação...não existem atos... nem atores... a música ao fundo é cantarolada....como um fado de letras tristonhas! Eis que o tenor de shakeaspeare muda o tom da sinfonia...da opereta... e os poetas de outrora renascem assim como a nova sinfonia, como meninos pequenos...o desabrochar dos primeiros botões... E, acordes perpetuados despontam incólumes, póstumos na pauta numa harmonia perfeita com os versos cantados... Ê vida...! Que retoma os anseios divagando no vento e renasce na esperança... as musas sempre únicas...tudo inspira nessa sinfonia de meninos...mais devaneios...na imensidão do mar. Soltemos as amarras somos expectadores e coadjuvantes dessa sinfonia... pulsante vida!

Luiz Carlos Reis