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quarta-feira, março 28, 2007

Canto de ternura


Eu, quisera ser o cisne branco
Do teu lago encantado.
Deslizar suavemente,
Pelas águas descuidadas,
Na paz concreta de um imenso amor.
Olhar serenamente o céu,
Todo crivadinho
De estrelas peregrinas,
E vislumbrar,
Nas linhas do horizonte,
O teu vulto amado,
Perdido na distância.
Então numa doce simbiose,
De desejo e de ternura tanta
Eu bicaria o espaço vazio entre nós dois,
E buscaria lá do alto
O teu sorriso calmo,
O teu olhar viril.
E trazendo de ti,
Pedaço por pedaço
Eu te teria inteiro,
Somente pra mim,
Ó meu eterno
E imortal amor!

Arita D. Petená - Literarte, Fev/02 - no. 201

terça-feira, março 20, 2007

Monólogo

Células urbanas perturbadas ...Um e outro cético inato pragmatismo de mundo. Ora... Porque ostentam tantos paradigmas ? Será por conta de um sociedade falida e muitas vezes arbitrária, mascarada, utópica?
Hipócritas! Patéticos bastardos da Gaia grega, a procura de súditos dos próprios ensinamentos. Pobre pensamentos, num tempo perdido!
...Urbanóides que se alinham na esfera do "Status Quó", híbridos e ociosos, aparatos inócuos em desalinho... Desatino!
Pedras inanimadas da rapsódia comedida, mensurável faceta impura da nobreza : Os feudos natos!
Células Urbanas...Matrizes subalternas da casta polida...Monstruosa e desumana! Deixam-nos para tráz... A politicagem sem rumo, eira ou beira...Sem diretrizes.
Rochas inanimadas , sedimentadas de memória sóbria, porém, curta. Trocamos os papéis para o segundo ato do episódio...Mais uma cena!
Do caráter sereno sobraram bravuras incontestes...!
Eis a célula urbana num tempo voraz de retóricas mil...
No apraz de um monólogo incerto... No dissertar dos fatos recobro a consciência e o meu caminho já não é mais o mesmo...Células urbanas é o que somos no monólogo da vida!


Luiz Carlos Reis