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segunda-feira, dezembro 20, 2010

O pão de cada dia

O melhor caminho é aquele por onde teu coração é presente, por onde teus pés caminham.
O teu caminho torna-se sagrado pelo simples fato de estares inserido nele. Nele estão teus humores, tuas vontades, teus sonhos, tuas alegrias, tuas dores.
Questões já assumidas, outras ainda por trabalhar e outras tantas já esquecidas em algum lugar do teu ser...
Já pensastes quantos espaços dentro de ti estão à espera dos teus pincéis, das tuas tintas, da tua criação?
Já sentistes que tens todos os meios para te lançares naquilo que teu coração tanto anseia?
Seja um perdão, um pouco de silêncio, um pouco mais de compreensão, paciência, discernimento, alegria...
Muitas vezes, fechas os olhos para esta realidade, entregando-te nas mãos de outros para que te cuidem e te mostrem o caminho pelo qual deves seguir.
Quem pode, realmente, fazer algo por ti, se tudo depende da tua vontade, do teu querer?
Tens que arregaçar as mangas, sacudir a poeira dos teus pés e prosseguir. Prosseguir nem que seja no escuro, sem saber ao certo para onde estás indo...
O importante é não desistires, não estagnares. Mesmo nos momentos onde te sentes perdido, completamente sem direção, há algo que trabalha em ti. e por ti.
Lá, por trás das inúmeras sombras, medos e decepções, algo ilumina...algo aprende...algo organiza...
E então, num belo dia, acordas sentindo que a tempestade passou...
É...A vida prossegue, mesmo quando tendes a acreditar que tuas forças ficaram lá atrás.
Abençoa te, revigora teu caminho, pois ele te pertence, e está aos teus cuidados. Não há outro para cuidar da tua jornada.
Somente tu podes percorrê-la e vivenciá-la. Este é o pão de cada dia.

Texto de Sandra Guimarães

quinta-feira, outubro 08, 2009

Sinfonia

A sinfonia que perdeu-se com os anseios vagam por entre as vertentes da natureza humana. Mas é na condução da música, essa opereta da vida, que os acordes se ajustam como se estivessem na pauta. Pauta de vida...sofreguidão! A sinfonia não é mais sinfonia, são duetos que já não se encontram mais... Os arpejos melancólicos se esvaem e o maestro não conduz a peça musical como deveria com a maestria que lhe é peculiar. Mais um palco se levanta...outras paixões... No teatro montado a platéia se dispersa...não há aplausos...não há textos...não há representação...não existem atos... nem atores... a música ao fundo é cantarolada....como um fado de letras tristonhas! Eis que o tenor de shakeaspeare muda o tom da sinfonia...da opereta... e os poetas de outrora renascem assim como a nova sinfonia, como meninos pequenos...o desabrochar dos primeiros botões... E, acordes perpetuados despontam incólumes, póstumos na pauta numa harmonia perfeita com os versos cantados... Ê vida...! Que retoma os anseios divagando no vento e renasce na esperança... as musas sempre únicas...tudo inspira nessa sinfonia de meninos...mais devaneios...na imensidão do mar. Soltemos as amarras somos expectadores e coadjuvantes dessa sinfonia... pulsante vida!

Luiz Carlos Reis