Pensastes como um idiota! Baluarte medíocre da hipocrisia...Tú és um louco? Até parece! Ainda pensas como um provinciano com méritos de "bobo da corte". Quanta petulância exprimes o teu ser! Quando olhas para tua imagem, refletida no espelho da vida, o quê realmente vês? Bastião inconteste! Tú vês um rosto incontido, sem máscara, sem adereços ou maquiagem. Apenas a face, um rosto carcomido e enrugado, que o tempo deixou nos traços de sua ascendência a escarlatina asquerosa e nojenta...
Somos entes arcaicos, leigos protagonistas do retrô humano! Nada! Absolutamente nada, frente a onipotência e sapiência Divina!
Julgamos com pretenção!
Sabedoria... Humildade... virtudes de poucos. Ansiamos por muito e basta tão pouco. Será assim...suficientemente tão pouco? Não condiz com o "paradoxo ajustado" da visão de mundo que assimilamos em nossa existência, dos paradigmas e viés da vida, dura por excelência!
Dura sim! Para quem amolece. Àquele que vai em frente, essa mesma vida, renova-se à cada obstáculo vencido, transpassado, superado...resolvido. Nos degrais do palanque outros ascendem...divida os espaços, deixe-os passar.
Rompido todos os "paradigmas freudianos", simples apócrifos de uma "acta" sem público, faz com que voltemos ao espelho novamente, cuja face, agora, se ilumina com novos horizontes e idéias.
O surrealismo retrô e suas falácias ficam contidos no passado, a realidade desponta. Todos são verdadeiramente iguais nessa comédia humana?
Perdeu-se?
Na imensidão das palavras! Que significados são estes? Metáforas jogadas ao vento?
Louco é quem me diz...apenas sonhos se tornam realidade!
Luiz Carlos Reis
Blog de contos e crônicas da fábula brasileira, pensamentos e poemas de outros autores, trovas, sonetos e literatura de cordel...
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quinta-feira, junho 01, 2006
segunda-feira, maio 29, 2006
Grãos de Areia

Somos todos tão iguais e nos vemos tão diferentes! E quando nossos sentimentos se cruzam com o que lemos ficamos surpresos... Não somos os únicos a sentir dor; não somos os únicos a sentir medo, insegurança... não somos os únicos a temer o desconhecido, a sentir decepção, a chorar de tristeza, a ficar na dúvida, a não saber que decisão tomar e recear ter feito a escolha errada... Sofremos mais porque nos vemos sós. Porque temos dificuldade em imaginar que outras pessoas passem por caminhos parecidos com os nossos. Porque nos fechamos no nosso quarto e em nós... nos sentimos tão miúdos que dificilmente imaginamos que fora da nossa janela outros seres sentem-se pequenininhos também, cada qual sozinho na sua dor e solidão. A auto-piedade que nos devasta, assola milhares de eus espalhados por aí. Vistos do alto, somos apenas pequenos pontos, grãos de areia no mar da vida, tremendamente parecidos. E a chuva, quando rega a terra, não escolhe cabeça; o sol ilumina tudo por igual e a lua pode encantar qualquer um.Somos todos sim iguais na alma, na pequenez e na grandeza; Eu choro também, me comovo, morro um pouquinho a cada dia e renasço na minha fé. Desanimo de vez em quando e ergo a cabeça logo depois; espero impaciente o nascer do dia e faço planos pro dia seguinte. Me faço mil perguntas para as quais não encontro respostas. Somos assim, tão iguais eu e você e tantos outros!... A prova disso é que você se identifica com o que digo.Se a emoção que aperta meu peito, aperta o peito de quem me lê, é porque somos feitos do mesmo barro. E se posso ver e crer na vitória e ultrapassar meus limites é porque todo mundo, cada um pode. Podemos conjugar todos os verbos em todos os tempos!É verdade que o sol não nasce e não se põe pra nós no mesmo momento, mas isso não muda em nada a verdade de que somos assim maravilhosos e importantes grãozinhos de areia aos olhos de Deus.
Letícia Thompson
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