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terça-feira, junho 26, 2007

Lágrimas

Amamos, sofremos... O tempo continua passando...
Tudo acontecendo, a paixão rolando depois... O amor surgindo.
Passado, presente, futuro são meros estados de percepção.
Todas as ilusões criadas se quebraram no espelho do futuro que não existe. Castelos de cristais são tão delicados quanto lágrimas de uma mulher chorando porque suas ilusões chocaram-se com uma realidade que em seu passado presente não acreditou...


Lúcio Jardim, Reflexões, pág.18

terça-feira, maio 22, 2007

Cio da terra


Aquele era um caminho sem volta e ele sabia. Condenar sua conduta impigia-lhe certos paradigmas. O ímpeto e a força interior acometia-lhe a alma, suplantando todas as dúvidas e concepções...Dúbias eram as palavras.
Estava certo, o caminhar era duro e a estrada extensa e repleta de obstáculos...Não cederia à contento dos outros! Rendeu-se ao amor de outrora, numa algaravia platônica de alcova, dois corpos, dois pólos atraídos pelo desejo incontido. No ventre daquela fêmea de corpo frágil e dócil despontava uma nova vida...O teu fruto, tua descendência à perpetuar-se.
Aquele varão ficou perplexo, estático , imóvel. A alegria incontida entre o choro e a felicidade estampava-lhe o rosto corado de olhar rapinado. Não fugiria à responsabilidade, sua Jasmine, seu filho, sua terra precisavam de braços fortes. Tiraria do sulco daquela terra, da força de suas mãos o sustento precioso que semearia. No horizonte um caminho de incertezas, no ventre de sua amada viu-se presente a hombridade que guardara, não exitou: "sou homem da terra, desta que tanto me deu tenho somente gratidão".
As mãos calejadas prostraram-se unidas, agradecendo à Deus por sua vida, pela natureza em comunhão...Tua descendência na cadeia evolutiva concretizava-se.
Num abraço varonil acalenta e envolve Jasmine. "Sou teu minha amada, sou desta terra é aqui onde finco meu sabre reluzente pois no coração repousa a lealdade ..."
O nobre homem dá as costas à estrada... Volta-se para sua paixão e história, pois não há fronteiras ao amor perene.



Luiz Carlos Reis