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quarta-feira, setembro 13, 2006

Esses Poetas...


Quão sábios e ecléticos são os poetas. Parnasianos epítomes da sapiência e criatividade mutuam as letras, dilaceram os vocábulos, adornam as palavras, enfeitam verbetes...Transformam-nas em sonetos, prosas e incontestes poemas.
Na esperança quadrante e harmoniosa da perfeição as prosas rebentam em versos, platônicos, puros, sutis, incautos das pretensões amorosas... Em vestes poéticas que marcam sentimentos e dissabores sempre metamórficos...
Essa coletânea de essência nobre, versada sobre rimas, assedia e acalenta as Musas e Divas.
Um plagiar sincero e subjetivo dos sons matutinos da primavera, do canto sinfônico dos pássaros... Do pôr do sol... Do João-de-Barro, fidedignos construtores, fiéis à amada, de canto nobre... Sulcam a terra onde retiram os grãos... Pequenos grãos de terra os pilares para seu ninho...Leito fiel!
Ah! Esses poetas! Sempre embalados pelo canto... Promissores...Encantam-se por muito pouco... Devaneiam!
Esses poetas... Que elevam os sonhos para outro espaço tempo... E deixam na memória lembranças ternas... Eternas...
A lágrima efêmera que escorre na face é real... A emotividade aflora, descende da sinfonia que se acaba... Finda...
O som dos acordes...num fado!
Esses poetas...

Luiz Carlos Reis



segunda-feira, setembro 04, 2006

Apenas rascunhos...

Às vezes nos perdemos no lirismo doce e poético das palavras, nesta metamorfose de letras e signos sempre tão breves...
Outras vezes endurecemos e rudemente, como num rascunho inacabado, pois são assim as palavras inacabadas, magoamos ou partimos algo construído...Vem a saudade...
Nas palavras percebemos todo o contexto significativo do sentimento, sempre expressivos, sejam homógrafas ou heterofonéticas...São as palavras! Poucas ou muitas, são as entrelinhas da emoção, as diretrizes do coração a comoção... Sentimentos imensuráveis dispostos em... Palavras! Que não podem ser tocadas...
Letras, vogais e consoantes, etimologia, grafia... Sílabas. Inseparáveis mutantes! Que adiante viram poemas, prosas rimadas, sonetos e quadrantes, duetos e composições em versos sincronizados...
Podem ser de amor, tão emotivo! Platônicas! Mal versadas não importam!
Conjuntos fônicos, cantarolados, recitados, declarados, declamados que ao ouvi-las...Ora podemos sentí-las, queremos tocá-las...
Dizem muito ou tão pouco e, para compreendê-las bastamos ouvi-las e assim criarmos contextos em devaneios, diretrizes, ou melhor, singelos alpendres de versos e sentimentos... Apenas rascunhos, pois o coração pode estar em desalinho...

Luiz Carlos Reis