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terça-feira, novembro 14, 2006

(...)Prólogo

O frio castigava, sentia nos ossos. Na face rubra o sereno condensava-se em gotas geladas que causavam arrepios. Protegia-me com a gola do casaco, já velho e surrado, mas de nada adiantava. De repente uma rajada de vento polar...Que estranha analogia! Os imensos arvoredos da praça açoitavam como chicotes estalando no ar. Uma penumbra mórbida completava a paisagem. E... Minha figura era protagonista de mais uma noite sozinho. Insólito e pressuposto monólogo.
Essa solidão... De onde vem as conquistas ? E os caminhos porquê são sempre tortuosos? Experiências que suponho virem destas estradas íngremes da vida...
Um vazio que nos arremata em pensamentos... Obscuros por falta de opções. Loucuras de um passado empírico. Outrora vividas!

Sei lá! Estamos no presente! Cada minuto ou segundo, ou mesmo horas a realidade se faz presente, portanto, imprescindível à crônica do tempo...Cronológica de genealogia inconstante...
Deixa disso!?!? - Pensava.
O frio aplacava minha memória, recostei naquele banco úmido e gosmento da praça outra vez. As árvores e o vento já não faziam muito sentido...

E, a noite já não era tão mórbida como parecia pois a lua estava carregada de emoção, mostrava-se saliente e atônita... Cheia e iluminada... Clara!
- Onde estavas frio? As escolhas: sempre tão difíceis.
Ajustei a gola do casaco e me levantei, precisava continuar, construir uma trilha pois o caminho ja estava traçado.
Assim como o tempo as estradas são repletas de pedras e obstáculos... O sereno agora é garoa fina... Onde está a lua? E o vento ?

Paira apenas uma brisa... Úmida... Fria!


Luiz Carlos Reis

sexta-feira, outubro 27, 2006

Hoje, amanhã e...Sempre


Os dias vão passando e mais se torna cinzenta a natureza. Céu, Mar e Terra transformando-se em palco de destruição, onde os artistas somos todos nós (ainda não escrevemos o último capítulo).
Mas, saibamos desde já, o Epílogo: Existência sadia dasaparecerá.
Pois, que tal mudarmos o roteiro a que destinamos o mundo!?
Lembremo-nos de que somos todos parte integrante da natureza e, se destruirmos parte dela, parte de nós está sendo tirada.
A culpa é minha, por culpar você...
Você é culpado, por culpar a mim...
E nós somos culpados por perdermos tempo uns culpando os outros, em vez de melhor cuidar de tudo que ela nos dá.
Então, aproveitemos que ainda podemos enxergar um pouco do azul do céu, outrora tão azul, e voltemos a ser, realmente, humanos.
Desta maneira estaremos dando o primeiro passo ao reencontro com a verdadeira felicidade, a saúde...
E, assim , a poesia sobre a primavera terá razão de ser.

Texto: José Vieira