A farda engomada e robusta na estatueta de bronze... mistura de latão e cobre é só um busto de azinhavre enclausurado que adormece, como gigante, num ataúde de lembranças sem saudades... fechado à gorje.Símbolo da retórica utópica e ufanista da caserna, dita “dura” nos idos anos do terror inconteste.Esta mesma que aterrorizava, cerceava e apunhalava pelas costas a expressividade e a liberdade dos dissidentes revoltos contra um sistema retrógrado. Manchas...foi o que ficou no metal contundente da baioneta ensarilhada.Pobres comunas do império escarlate...Rubros...Em suas bandeiras tremulavam ceifantes a foice e o machado, insólitas insígnias, vertentes da terra, do trabalho, da igualdade fraterna e liberal.Ascender frente ao paredão sistemático da falange oliva ... impossível. Restou aos rubros camaradas apenas o mofo úmido e fétido dos porões.Como ratos acuados, o açoite rude e o pau-de-arara macularam suas carnes, mancharam-lhes as honras . Companheiros camaradas! Silenciosos, agora, repousam em cova rasa sob a cal. Mártires! Somente mártires, sem fardas, patentes ou graduações ... deixaram ideais.Bravos amotinados contra uma ditadura fascista e retrógrada. Deixaram teus manifestos contra sofismas e falácias dessa retórica opulenta. Aos politicamente corretos...ingratidão e insanidade.Que verbo conjugar num período de incertezas? Qual pessoa ou tempo? Futuro ou presente? Circo ou arena?Na concha virada riem... em conluio. Patéticos demagogos!Estilhaços de uma granada ferem há tempos a honra, bravo pendão que sustenta a esperança ...Salve camaradas! Salve!
Luiz Carlos Reis
30 comentários:
belíssimas palavras!
apareça!
bjs
Há palavras/hinos que perduram para além do seu próprio tempo...
Gosto do hino nas tuas palavras.
Beijinhos e bfs
O tempo passa mas há sempre toque de ficas pelo tempo
beijos
tadinho do seu filho heueheu ele deve ta chateado xP mas as vezes tem que fazer isso mesmo, eu tinha um pc so pra mim no meu quarto todos os dias dai tirei nota baixa e agora so entro nos fins de semana
mas o blog nao vai mais ficar em hiatus... minha vida eh um imprevisto, mas se dependesse de mim nada mudaria, muito menos de ultima hora...
obrigada pelo comentario viu?
Bjuxx
Muito bom este teu "Tempos difíceis". Ao ler-te, recordo os tempos da insanidade, e não posso deixar de questionar-me: "Porque há-de a humanidade dar sempre ouvidos aos que a hão-de fazer sofrer?" Ou "porque não há-de a voz dos prudentes calar mais fundo do que a dos néscios?"
Um abraço
Tempos difíceis....muito apropriado o texto. Acho que ainda permanecem, infelizmente ainda é presente. Sob uma nova "cara", é claro, mas no fundo é a mesma coisa.
Bom fim de semana pra vc.
Muitos beijos!!!
Os tempos estão dificeis um pouco por todo o mundo, pois o homem só sabe atentar contra a liberdade, contra a natureza ou tudo o que de bom ainda resta. Nova imagem no meu blog, passe por lá e confira.
Um Abraço e bom Domingo,
Pedro Gonçalves.
Bom dia Luiz Carlos!
Numa dessa minhas viajens pela internet encontrei o seu blog, ou melhor, a sua oficina. Adorei! E com certeza continuarei visitando-o.
Uma ótima semana pra você!
Aprendemos sempre...desde que exista receptividade.
Abraço
Muito legal a prosa. Gostei, amigo!
Meu amigo,
Sempre que venho aqui e leio seus escritos, eu aprendo um pouco.
E principalmente leva-me a reflexao.
Um beijo, bom dia
MARY
Viu a entrevista da Heloísa Helena no Jn? Achei-a um pouco mais ainda radical do que já achava antes.
Dá que pensar.
Beijinhos
***
Voltei das minhas férias, amigo! :)
Vim agradecer o teu carinho e deixar-te um beijo! :)
Espero pela tua visita...
Vim de novo!
Oi meu amigo,
Ja estive aqui, mas so voltei para agradecer-lhe suas palavras tao queridas no meu Blog.
Realmente elas me tocaram o coracao.
Obrigada pela sua amizade, pelo seu carinho.
Um beijo, bom dia
MARY
Luis Carlos vim agradecer a sua visita ao Verdes Verdades. Voltes quando e quantas vezes quiseres, a porta fica sempre aberta! Posto diariamente.
Gostei do seu cantinho. Os tempos são dificeis e temos que sempre pensar em tudo o que já passamos e o que queremos para o futuro. Somos o país do futuro, lembra? Mas que incrívelmente nunca chega!
Renovamos nossas esperanças que sempre tudo vai melhorar.
Abs.
Vim deixar-lhe meu Boa Noite.
Beijos
MARY
Nossa, gente!
Quanta coisa bacana por aqui!
Adoro descobrir que as pessoas que me visitam têm conteúdo!
Adorei o blog. Voltarei com mais calma pra ler mais textos.
Beijos
Reli o teu belíssimo texto e deixo beijo de bom fim de semana
Belo texto,adorei!
"Restou aos rubros camaradas apenas o mofo úmido e fétido dos porões.Como ratos acuados, o açoite rude e o pau-de-arara macularam suas carnes, mancharam-lhes as honras . Companheiros camaradas! Silenciosos, agora, repousam em cova rasa sob a cal. Mártires! Somente mártires, sem fardas, patentes ou graduações ... deixaram ideais.Bravos amotinados contra uma ditadura fascista e retrógrada. Deixaram teus manifestos contra sofismas e falácias dessa retórica opulenta. "
Gostei muito do texto pelo pouco que entendi....vc tem um vocabulário rico e isto é importante para um bom escritor...beijos e um otimo final de semana!
Beijos!
...dentro,tão dentro desta nossa infeliz realidade.
Meu querido Luiz
...muito obrigada por sua presença sempre tão cuidadosa e terna.
Espero sempre por si.Voltarei como sempre o fiz.
Um grande beijinho.
Mesmo de férias por aqui vou passando sempre que posso. E como gostei dessa tua faceta mais intervencionista... Se a intervenção ainda (já) não está "na moda" ela é cada vez mais urgente. Bjos
que sonoridade linda tem em seus poemas
:p
adoro
Os tempos parecem ainda mais dificeis...
Parece q sabemos ainda menos de nós e dos outros.
Obrigada pela visita ao me blog e continuarei lendo seus posts anteriores...
Um beijo e ótima semana
Olá,
Estou aqui para retribuir e agradecer a sua visita.
Abraços,
e ai mano, tudo legal?valew a visita
Não sei se concordo com algumas de suas palavras. Mas realmente alguns padrões demoram muito mais do que deveriam para mudar.
Nossa pseudodemocracia é falha e cada vez mais mostra seus pontos fracos.
Somos solidários até o ponto em que nos é conveniente e nada precisamos sacrificar em nome do próximo.
Na "selva de pedra" nos parecemos mais a cada dia com nossas amigas minerais, reclusos, isolados e pusilânimes.
Oi Luiz Carlos,
Vim lhe visitar, e desejar-lhe uma boa noite.
Um beijo, otimo dia amanha, ta?
MARY
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